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Conheça as siamesas que nasceram no HEMU e estão na UTI, em estado grave

As gêmeas nasceram em 11 de outubro, no HEMU, em Goiânia e recentemente foram transferidas para o HECAD e continuam na UTI em estado grave, porém, estável
Conheça as siamesas que nasceram no HEMU e estão na UTI, em estado grave
Conheça as siamesas que nasceram no HEMU e estão na UTI, em estado grave

Ela aproveitou para falar sobre a escolha de ter ido para Goiânia, fazer o parto com o Dr. Zacharias Calil.

“Vai dar tudo certo. Estou por elas e no tempo delas, agora é ter paciência e pensar que está nas mãos de Deus e dos médicos. Minha vontade é que elas melhorem logo, mas nem tudo é como a gente quer e eu estou aqui com elas o tempo que precisar”, disse Kátia.

Após realizar todas as avaliações, a equipe multidisciplinar composta por cardiologista pediátrico, obstetra, pediatra, anestesiologista do hospital e o Dr. Zacharias Calil definiram a data do parto, que foi realizado no dia 11 de outubro, quando Kátia tinha pouco mais de 34 semanas de gestação.

Estado atual das gêmeas

“Foi a decisão correta ter vindo para Goiânia. Fui muito bem recebida pelos médicos, enfermeiros e toda a equipe. Estava com medo, mas aqui, no hospital, eu senti confiança nos médicos. São especialistas nessa área e deu tudo certo. Estou muito feliz e agradecida a Deus e a vocês. Agora é torcer para uma boa recuperação das minhas filhas Lara e Larissa”.

No dia 11 de outubro, o Dr. Zacharias Calil realizou o parto das gêmeas conjugadas Lara e Larissa. O parto foi realizado no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (HEMU), em Goiânia. A unidade é referência no Brasil em casos complexos na área obstétrica e neonatal.

As gêmeas Lara e Larissa

Ao chegar em Goiânia, Kátia foi recebida e hospedada na casa de apoio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Desde então, ela começou o acompanhamento da gestação, passando por várias consultas e realizando diversos exames para verificar por onde as meninas estavam unidas e o que elas compartilhavam.

“Quando você entra para o centro cirúrgico, gera uma ansiedade enorme. Uma coisa é ver as imagens do útero da paciente no ultrassom, outra é na hora que você realiza a cirurgia.”

“Foi a decisão correta ter vindo para Goiânia. Fui muito bem recebida pelos médicos, enfermeiros e toda a equipe. Estava com medo, mas aqui, no hospital, eu senti confiança nos médicos. São especialistas nessa área e deu tudo certo. Estou muito feliz e agradecida a Deus e a vocês. Agora é torcer para uma boa recuperação das minhas filhas Lara e Larissa”.

“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do Hospital Estadual da Mulher. Enalteço o trabalho dos médicos desta unidade, começando pela diretoria, a equipe de obstetrícia e os pediatras que as receberam durante o parto”, disse o Dr. Zacharias Calil.

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No dia 05 de dezembro, as gêmeas foram transferidas para o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (HECAD), também em Goiânia. Elas ficaram 59 dias internadas na UTI Neonatal do HEMU, onde nasceram e ficaram em estado grave, até que o quadro delas estabilizasse, para a transferência ser feita em segurança.

Segundo a obstetra, esse foi o parto mais difícil e complexo que ela fez. Foi realizado uma cesariana pfannenstiel (incisão transversal abaixo do umbigo, permitindo acesso ao abdome e, principalmente, à pelve).

A mãe também falou que o processo de recuperação das meninas será bem longo e tudo dependerá de como elas irão reagir e se desenvolver. E que a prioridade agora é a recuperação total delas, para todas possam voltar para sua cidade e somente após elas completarem 1 ano, será considerado a cirurgia de separação.

Kátia é natural do Mato Grosso e mora em Parauapebas, no Pará. Ela chegou em Goiânia, no dia 16 de setembro, quando estava com 31 semanas de gestação para fazer o pré-natal com o cirurgião pediátrico Zacharias Calil e com a equipe obstétrica do HEMU.

Kátia passou por uma cesariana que durou cerca de 1h30, sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar. Liderados pela obstetra Silvia Aguiar, também experiente em partos de gêmeos siameses, a equipe de obstetras teve a presença de quatro profissionais da área.

Ela aproveitou para falar sobre a escolha de ter ido para Goiânia, fazer o parto com o Dr. Zacharias Calil.

A sobrevivência de Lara e Larissa, só foi possível devido o comprometimento da equipe médica do HEMU, que com muito empenho e comprometimento, conseguiram estabilizar o quadro de saúde das recém-nascidas, já que o quadro delas oscilava muito rápido, passando grave para gravíssimo em pouco tempo.

A mãe das meninas, visita e acompanha diariamente o desenvolvimento delas na UTI e disse que o quadro delas, apesar de grave, está estável.

Segundo informações do HECAD, Lara e Larissa estão atualmente sedadas, entubadas e sendo alimentadas por sonda. No momento, não existe a previsão para realizar uma cirurgia de separação das meninas, já que por conta do estado de saúde atual delas, não teriam condições de passar por nenhum procedimento cirúrgico.

Apesar de toda sua experiência, a Dra. Silvia disse sentir uma ansiedade e nervosismo cada vez que realiza um parto de gêmeos conjugados.

“A placenta estava recobrindo o colo do útero, e o receio era dela não se soltar. Mas, com muito cuidado, conseguimos fazer a soltura. Nossa preocupação era manter o útero da paciente contraído. Para isso, fizemos uma sutura de B-lynch, para controlar a hemorragia pós-parto. Foi bem complicado, mas o desfecho foi ótimo. Ficamos muito felizes”, comemorou a médica.

Especialista em partos e pioneiro no procedimento de separação de gêmeos siameses, o Dr. Zacharias Calil foi procurado por Kátia Márcia Cardoso, assim que a mulher de 36 anos e grávida pela segunda vez, descobriu que a gestação era de gêmeas conjugadas.

O parto das gêmeas

As gêmeas Lara e Larissa nasceram com pouco mais de 34 semanas e juntas as duas pesam 3,6 kg, elas nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia.

O pai das gêmeas e esposo de Kátia, esteve em Goiânia para participar do parto e logo após, precisou voltar para Parauapebas, por conta de seu trabalho.

As gêmeas Lara e Larissa nasceram com pouco mais de 34 semanas e juntas as duas pesam 3,6 kg, elas nasceram unidas pelo tórax, abdômen e bacia.

Após o nascimento, elas tiveram que ser levadas direto para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, onde ficaram internadas, recebendo os cuidados que precisam. Kátia, a mãe das gêmeas, recebeu alta no dia 16 de outubro.